Jeito menina
desde sempre alucina,
minha droga preferida,
mina que fode com
minha vida!
A filha da puta me
mostra a calcinha para provocar
e no mesmo instante a
devoro com um súbito olhar.
Rígida formalidade do
lugar?
Insuficiente para me impedir
de lhe abusar!
Faz de propósito e
ainda esboça um sorriso maroto
me deixando sem graça
em uma situação embaraçosa,
depois me diz que não
tem culpa de ser gostosa,
mas digo-lhe se
existe culpado esse sou eu, o tarado fogoso!
Ah, essa marquinha de
biquíni sensual...
o meu viagra visual!
Eficaz para levantar
o meu (p _ _) astral,
gosta de me deixar assim
impulsivo e todo temperamental!
Sabes que por detrás
dessa máscara de bom moço se esconde uma mentalidade insana,
deste homem primata que
bate-lhe na bunda e te joga na cama
segurando seus
braços, lambendo suas orelhas e mordendo seu pescoço,
peles em contato,
calor estrondoso!
Agora um tapa, após,
um beijo carinhoso,
um puxão de cabelo e
um abraço majestoso,
simbiose de dor e
prazer, sexo e amor
sutil idolatria do
belo e do ardor.
Intercâmbio incessante
de unhadas, apertões, puxões, tapas, mordidas e fluídos corporais;
longe de sermos
angelicais, revelamo-nos canibais!
Consumindo um ao
outro, consumidos pelo prazer,
sem culpa, sem
remorso, sem fazer questão de o querer saber!
Doce, e quente, encontro
da agressividade com o sexo,
Inibição do desejo
sexual? Mais uma besteira sem nexo!
Dionísio da Silva
2004