quinta-feira, 26 de julho de 2012

Lampejos


Proferindo palavras, entoando a sinfonia,
às quais seriam imortalizadas um dia
não fosse aquela incrédula alegria:
saber que nenhuma pobre alma a testemunharia.
Já dizia...

para cada homem uma verdade!
Contudo não se atrevam a tomar isso por bondade!
Dê a vós tão-só a resposta que cada um merece
não mais valiosa em relação ao seu julgamento sobre este apetece!
Sentiria...

a sublime dor que pela ponta da espada alcança,
análoga ao gozo em efeito do sorriso da criança,
entranhando e tocando mesmo o mais sólido dos corações,
petrificado e inflamado busto, brada alto tuas ações!
Desabafaria...

agarrem-se a vida, não receiem vossa morte!
Joguem vossos sobejos remanentes à própria sorte!
Inermes malditos e fracos – parasitas pactuantes,
sobrevivam reféns do medo, pranteiem por leis vermes rastejantes! 
(A)calmaria...

  tão quão algumas normas, a necessidade do outro se forja em temeridade,
às quais assolam primordialmente os mais suscetíveis e os de mais longa idade!
A força de uns se clama e se mede por espadas,
a de outros se sustenta em palavras e mentiras bem contadas...
Berraria...

descontaminai-se de compaixão: abster-se do outro mais vale a qualquer ação!
Não alimentais alguma pretensão – longe disso seja vossa intenção!
De tentar redenção tornando estas palavras a panaceia dos desafortunados,
de generalizar estes anseios particulares à maioria, à escória dos condenados!
Profetizaria...

estão abrolhando de vossas precipitações os infortunados!
valores os quais seus maiores feitios são nascer bem-aventurados,
amados pelo fato de não deverem ser idolatrados!
idolatrados porquanto não devem ser amados!
Advertira...

preocupados se a incerteza do amanhã vos devora,
recusem o sofrimento do depois que se adianta – preparai-vos na reflexão do agora!
O instinto conservador se faz quase sempre um bom proveito,
conforme também o arrojo possa vir a ser o vosso “defeito”!
Caminharia...

a solidão se nutre do tido poeta e/ou louco,
o qual consegue domar os sentimentos antes estes lhe extraiam a “razão”.
não denotando isso a supressão da emoção,
deixo esses pensamentos e me ausento mais um pouco.
Sorriria...

Dionísio da Silva 13/02/2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário