quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Poética da tristeza



Sólidas memórias,
ejetando felpas flamejantes 
nos impedem esquecer.
N’alma que chora
lágrimas de fagulhas
escaldam o corpo
em um vazio morto e frio.

Na tristeza a dor
enxerga sua beleza
a natureza de seu ser.
Implora!
Sai da sombra agora,
pois sob o sol renasce a chama
da criança que busca na sina
uma razão para sorrir.

Esperança não tarda
fazendo do vento rebelde menino
sopro que assim dobra o sino:
na ida um som se perde em desespero
na desdobra, o conselho em uníssono:
sempre é possível acreditar em um novo amor,
seja para esconder qual dor for... 

Dionísio da Silva 25/10/2012

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