Desnudado o desejo,
pelos seus olhos,
confessado;
adocicado por uma singela taça de vinho.
Incontido sob a cama,
rasgado,
em fel,
o cendal do pudor.
E no meio do caminho,
o meio,
o carinho;
sutil, morosooo.
Alquebrado,
o corpo
frente o calor,
do teu seio.
No anseio
da infinitude,
sou jogado às traças,
prostrado a ti:
lágrimas despedaçadas
d’alma roubada,
derramo-me
em bálsamo
dessa memória
o término
dessa história,
lembrança sem fim...
06/02/2016